No Brasil, falamos Tupi sem nos dar conta.
O Brasil tem uma grande diversidade linguística. Temos aproximadamente 180 línguas indígenas e várias línguas minoritárias. Estas são faladas por comunidades imigrantes estabelecidas há muitas décadas no Brasil, já aquelas são consideradas, em sua maioria, em via de extinção. No entanto, alguns programas de apoio e revitalização têm sido implementados para ajudar as línguas e culturas indígenas.
De todo modo, um grande número de palavras Tupi estão no léxico do Português do Brasil em áreas como, por exemplo, a toponímia (nome que se dá às localidades), a fauna e a flora.
Alguns exemplos que podemos citar são cutucar, caju, jacaré, jararaca, piranha, abacaxi, mandioca, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Jericoacoara; expressões como “chorar as pitangas” e ficar de nhe-nhe-nhem (fala, fala; do verbo nhe’eng: falar).
O Tupi foi a língua que predominou no território brasileiro até meados do século XIX. Embora ainda pouco conhecida, ela ainda está enraizada no dia a dia e no modo de falar do brasileiro.
A primeira gramática brasileira foi publicada em 1595 pelo jesuíta Pe. José de Anchieta e se chamou Arte de Gramática da Língua mais usada na Costa do Brasil.
E falando em Tupi, mais precisamente em Nheengatu (nhe’eng : falar, língua + katu: bonito), vale a pena conferir o excelente artigo de José de Souza Martins, publicado no site do jornal Estadão. Repare na quantidade de palavras indígenas no texto.